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Quadrilhas furam bloqueio de operadoras e vendem celular roubado

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Bandidos usam programa de computador para trocar código do telefone.
Empresas de telefonia prometem acabar com clonagem no ano que vem.

Os celulares modernos e caros estão entre os principais alvos dos  assaltantes. As quadrilhas encontraram uma forma de furar o bloqueio das  operadoras e revender os aparelhos roubados.

Imagens do circuito interno de uma loja de eletrônicos da região metropolitana de Porto Alegre  mostram a movimentação de um homem: primeiro, ele circula acompanhado  de uma mulher, como se fosse um cliente. Na sequência, arromba o  mostruário e leva os aparelhos.

O delegado responsável pelo caso identificou o comprador de um desses telefones – que pode ser preso por receptação.

“Ele declarou que adquiriu o telefone de um ambulante na Rua  Voluntários da Pátria em Porto Alegre e ele falou também que essa pessoa  oferecia vários aparelhos de diversas modalidades”, disse o delegado  Leonel Baldasso.

A rua fica bem no centro de Porto Alegre. O celular, por ser roubado, não deveria funcionar de novo.

“Todos os telefones têm o imei, que é um código mundial que identifica  unicamente o telefone. A partir do momento que a pessoa tem o telefone  roubado ou perde o aparelho, ela entra em contato com a operadora e esse  telefone vai ser então colocado dentro de uma lista da operadora de  telefones que não podem ser reabilitados”, explica o professor de  engenharia de telecomunicações Rafael Kunst.

Mas golpistas encontraram formas de desbloquear estes telefones. Com um  programa de computador, eles acessam a memória do celular e trocam esse  código pelo imei de outro aparelho legalizado – uma espécie de  clonagem.
Um homem cobra R$ 80 pelo serviço ilegal.

– Um aparelho desse daqui é de 600 a 700 pila.
– O valor do aparelho?
– É
– Mas eu quero saber pra desbloquear.
– Desbloquear, 80 pila.

O Sindicato nacional das operadoras sabe do problema e promete uma  solução contra clonagem de telefones celular para o primeiro trimestre  do ano que vem. “Nós vamos ter um controle de dois imeis iguais  funcionando na rede. Isto significa obviamente que é um clone e a  operadora então entra em contato com esses dois números iguais e  possibilita a identificação do clone e ele então será bloqueado”, afirma  Eduardo Levy, do Sindicato das Empresas de Telefonia e Serviço Móvel

Enquanto isso, os aparelhos seguem sendo alvo dos bandidos. Um  jornalista foi assaltado no caminho para o trabalho e perdeu o celular,  avaliado em R$ 1.500.

“Fez ameaça, ele carregava um capacete, disse que usava uma arma. E  pediu para eu escolher entre a minha vida e o celular”, conta a vítima,  que preferiu não se identificar.

A Anatel  reconhece que os aparelhos mais antigos, de baixa qualidade,  especialmente os que não são certificados pela agência, possibilitam a  adulteração dos registros e dificultam a identificação dos que estão  sendo usados nas fraudes.

A agência diz que está desenvolvendo um novo sistema para inibir que  aparelhos furtados ou roubados sejam utilizados pelas redes brasileiras.  Uma das possibilidades em estudo é impedir que aparelhos roubados ou  furtados no exterior, integrando as bases de dados internacionais e  nacionais, sejam utilizados aqui ou vice-versa.

A Anatel reconhece que os procedimentos relacionados às fraudes são  dinâmicos, mas ressalta que cria as regras para o setor e supervisiona,  mas não participa diretamente da operação de bloqueio dos telefones.

Para assistir a reportagem, clique aqui.

(Fonte: Bom dia Brasil) 

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