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Universitária acusa 5 policiais militares de invadir casa e agredi-la com tapas

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Estudante disse ter sido agredida por policiais militares em Ilhéus, no sul da Bahia (Foto: Reprodução/TV Santa Cruz)

Estudante disse ter sido agredida por policiais militares em Ilhéus, no sul da Bahia (Foto: Reprodução/TV Santa Cruz)

Do G1 BA

Estudante teve uma desavença com a dona do imóvel onde morava, e um dos PMs seria parente dessa proprietária.Caso está sendo investigado pela polícia em Ilhéus.

Uma estudante universitária acusa cinco policiais militares de agressão no município de Ilhéus, no sul da Bahia. A mulher conta que os PMs invadiram o apartamento alugado onde ela morava, sem mandado judicial, e que a levaram à força para a delegacia.

A jovem suspeita que a ação tenha sido motivada por conta de uma confusão que ela teve com a proprietária do imóvel, que, segundo a estudante, exigiu que ela saísse do local sem dar um prazo suficiente para ela desocupar a casa. A proprietária, que seria parente de um dos PMs, diz no entanto, que foi agredida pela estudante.

Bianca Meira relatou que estava tomando banho em casa, no dia 8 de setembro, quando os PMs entraram no imóvel e a agrediram. Ela disse ter levado tapas no rosto e afirmou que os policiais ainda apertaram seu pescoço.

“Empurraram a porta e eram cinco policiais militares, armados fortemente. Eu tive tempo de me enrolar na toalha e, quando fui perguntar o que estava acontecendo, um deles grudou no meu pescoço, apertou meu pescoço e começou a me agredir no rosto, com vários tapas no rosto. Vasculhou meu quarto, quebrou várias coisas minhas, vários objetos meus”, declarou a estudante.

A estudante conta que dividia apartamento com outra jovem, que é filha da dona do imóvel. Afirmou que 20 dias após ter alugado o local para morar, acabou sendo despejada pela proprietária. Bianca disse que se recusou a sair de imediato e que, por isso, uma confusão foi iniciada.

Ela relata que a dona do apartamento, que morava em uma outra cidade e que estava de mudança para Ilhéus, não teria dado um prazo para a desocupação.

Ainda conforme a versão dela, após ter a casa invadida, os policiais a algemaram e a levaram para a delegacia na viatura junto com um colega que estava com ela e presenciou as agressões. A estudante foi ouvida e, em seguida, liberada.

Bianca denunicou o caso à Delegacia da Mulher e disse que vai procurar a Corregedoria da Polícia Militar para também prestar uma queixa. O advogado da estudante disse que os policiais, além de não terem autorização para entrar no apartamento locado pela estudante, estavam no bairro onde agentes de outra companhia atuam.

“Além da agressão verbal e de gênero, agressão física, ela tomou dois tapas, foi sufocada. Tem marcas no pescoço que ficaram claras no exame de corpo de delito. E tem também a confusão do público e do privado de um servidor público intervir numa situação fora da área em que eles deveriam estar trabalhando e isso se enquadra no crime de corrupção, porque é motivo pessoal, independente de favorecimento econômico. É um favorecimento familiar”, disse o advogado de Bianca, João Lins.

Já o advogado da dona do imóvel disse que ela chamou a polícia porque foi agredida por Bianca e que a estudante estava morando de favor, sem nenhum contrato de aluguel. A proprietária ainda relatou que pediu para Bianca sair da residência porque não estava satisfeita com alguns comportamentos dela.

“A minha cliente, por ter feito uma relação com ela de amizade, a convidou para morar lá por um período, até que ela pudesse arranjar um imóvel para ela alugar. Já estamos entrando com uma ação cível e vamos entrar com ações criminais e deixar para a Justiça resolver”, disse o advogado da dona do apartamento, Mozart Leite.

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