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Alvo de assalto, posto de atendimento do Bradesco em Una continua sem segurança

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Diretores do Sindicato dos Bancários de Ilhéus constataram, durante uma visita recente ao posto de atendimento do Bradesco em Una, a falta de uma estrutura de segurança para as atividades bancárias no local.

Sob gerência da agência de Ilhéus, esse posto não tem porta giratória para detecção de metais e nem vigilante. O bancário que trabalha no posto e clientes ficam expostos ao risco durante todo o expediente.

No local, ocorreu um assalto, há oito anos. Na ocasião, o funcionário à época, foi rendido, com a mira de uma metralhadora na cabeça e obrigado abrir as máquinas para os assaltantes levarem todo o dinheiro.

O trauma do trabalhador foi tão grande que depois desse lamentável episódio, ele pediu demissão do banco. Além da insegurança, o posto deveria ter três funcionários para atender a demanda de serviços, porém tem apenas um.

A sobrecarga de trabalho para o bancário começa às 7h, a situação tem gerado insatisfação para os clientes. De acordo com um sindicalista “o banco já foi alertado por diversas vezes sobre o assunto, mas nunca deu nenhuma importância para a segurança do funcionário e os problemas no local”.

Depoimento do bancário refém no assalto em 2012

Em Janeiro de 2012 fui designado para assumir o PAA de Una, na gestão do Gerente, pela agência 3519.

Infelizmente, sofri um assalto no mês de junho de 2012, vindo a pedir demissão em 1° de agosto do mês seguinte, sendo totalmente desamparado pelo banco, o qual não teve a iniciativa de fornecer atendimento psicológico, sendo esta tomada pelo sindicato dos bancários.

O que fica pior é a nítida preocupação do banco com os valores levados no assalto e a negligência com que tratam seus funcionários. Na época em questão fui assediado para retornar, porém não aceitei e por isso pedi minha demissão, para evitar maiores problemas psicológicos.

Digo isso, não para transparecer algum rancor ou ódio, pois até hoje sou correntista, mas para evidenciar o que deve esperar do banco o funcionário que trabalha num PAA.

Desde o primeiro dia a insegurança e a falta de suporte para eventuais acontecimentos sem mostravam presentes. A falta de vigilante, ausência de câmeras de vigilância e até mesmo uma porta giratória eram os principais pontos de preocupação.

Além disso, em todos os abastecimentos de numerário os vigilantes da empresa de segurança adentravam na agência e faziam o todo o serviço comigo dentro do local, o que reforçava ainda mais minha exposição e a ideia de que eu tinha total controle sobre as máquinas de auto atendimento, fato esse que foi usado contra mim no dia em que fui vítima de assalto. Quem mexe na máquina tem acesso ao cofre…é isso que pensa quem está de fora.

O banco com discurso de redução de custos, fazia vista grossa para as necessidades para melhorar a segurança no local.

Inclusive, o próprio gerente regional da época aprovou o orçamento para construção ignorando, propositadamente, a ausência dos itens de segurança, sendo essa uma ação de praxe do banco que aplica a mesma metodologia na abertura de novos PAAs.

A agência era aberta e fechada por mim, sem nenhum auxílio. Durante todo o dia ficava exposto com apenas uma porta de vidro me separando da rua.

A presença do vigilante inibe possíveis situações de vandalismo, agressão e roubos. Na falta dele, tanto o patrimônio do banco quanto seu funcionário e seus clientes ficam expostos a tudo. O banco prefere economizar às custas de vidas de pessoas, sejam funcionários ou clientes.

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