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Funcionários do Hospital Regional Costa do Cacau aderem ao movimento “Fica em Casa”

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Diversas organizações de saúde, instituições científicas e profissionais da área médica convergem sobre a recomendação de que, a maneira mais adequada para contenção do avanço do novo coronavírus (COVID-19), no momento, é o isolamento social. Diante dessa realidade, profissionais do Hospital Regional Costa do Cacau (HRCC), em Ilhéus, aderiram ao movimento “Fica em Casa”.

Essa campanha espontânea adotada por trabalhadores da área de saúde de todo o Brasil traz pedidos como “por favor, fiquem em casa por todos nós”, “você e sua família, fiquem em casa por nós, estamos aqui por vocês”, “por você, por sua família, por todos nós, fiquem em casa”, entre outros apelos. A cada dia esse movimento ganha mais forças nas redes sociais com o #ficaemcasa.

Para o médico Almir Gonçalves, diretor assistencial do HRCC, embasado em dados científicos, a forma mais adequada para conter o avanço do COVID-19 é o isolamento horizontal. “Quando a China decidiu isolar o país, ele tinha 800 casos, chegou a uma mortalidade pico de 3 mil mortes. A Itália, quando resolveu fechar o país, tinha 10 mil casos, a diferença foi apenas de seis dias, hoje a Itália tem 66 mil casos, com 6.500 mortes”, disse.

Almir Gonçalves citou que a Inglaterra tinha uma proposta de continuar a rotina de suas atividades normalmente, projetando um certo grau de letalidade “suportável” para mitigar o impacto econômico. “Felizmente, cientistas contratados pelo governo inglês projetaram que, o isolamento horizontal, de toda sociedade, caso não adotado, quando chegasse em agosto, haveria 500 mil mortos pelo COVID-19, e seria necessário 50 vezes mais leitos que o sistema de saúde tem”, pontuou.

O médico ainda complementou a sua análise “um país de primeiro mundo, onde pacientes seriam acometidos pelo COVID-19 e não teria leito para todos, haveria mais 500 mil mortes de outras doenças, o que configuraria um impacto de 1 milhão de mortes até agosto, isso justificou o governo inglês a adotar o isolamento horizontal, o lockdown”.

O diretor assistencial do HRCC disse que analisando todos esses dados, com a oportunidade de avaliar o que aconteceu em outros países, a medida imediata a ser tomada no Brasil é o isolamento horizontal.  “O primeiro caso no país foi notificado em 24 de fevereiro e a primeira morte em 17 de março, nós temos já 2300 casos, com 52 mortes. Caso adotássemos o isolamento vertical, de parte da sociedade, poderemos agravar ainda mais a situação. Temos dados concretos para mostrar que essa é a pior alternativa, com tal medida em prática, neste momento, poderíamos ter 2,5 milhões de mortes até agosto, do COVID-19 e outras doenças, pelo colapso no sistema de saúde brasileiro”, concluiu.

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