
Nota de Repúdio às Demissões em Massa
A CTB, CENTRAL DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS DO BRASIL, NÚCLEO DE ILHÉUS E SINDICATOS FILIADOS, vem a público manifestar o seu repúdio à ação da empresa Viametro, concessionária do serviço público de transporte coletivo municipal, que promoveu uma demissão em massa de 100 trabalhadores e trabalhadoras no dia de hoje.
Infelizmente, joga na costa dessas pessoas o peso da crise social decorrente da emergência da pandemia do coronavírus.
Lamentavelmente na ausência de medidas protetivas dos trabalhadores e dos mais pobres por parte do Governo Federal, falta sensibilidade à empresa para buscar construir saídas negociadas para a preservação do emprego como as férias coletivas.
Se o desemprego for a única saída oferecida, haverá ainda mais sofrimento para o povo e aumentará o desastre econômico que já está à vista.
Esse exemplo também revela a face trágica em nossa cidade da situação nacional, que tende a se agravar com a macabra MP editada pelo governo Bolsonaro que autoriza demissões e o corte unilateral de salários, não regula a proteção aos trabalhadores em serviços essenciais e retira a contaminação por coronavírus da caracterização de acidente de trabalho, o que é particularmente cruel com os trabalhadores da saúde, além de uma longa lista de maldades.
Ganha centralidade a proposta das centrais sindicais de que se estabeleça um diálogo nacional entre as representações dos trabalhadores, dos empresários e instituições públicas para combater a pandemia com medidas justas e sociais garantindo emprego e direitos para o povo, para enfrentarmos e vencermos a crise.
Proteger os empregos e a renda de todos os trabalhadores é a base para dar as condições e a segurança necessárias para que todos cumpram as medidas de isolamento e cuidados com a saúde. Ampliar as quarentenas, resguardando o trabalho dos setores estratégicos. Cuidar prioritariamente dos mais pobres e vulneráveis é tarefa do Estado e deve contar com o apoio de todos.
É fundamental instituir um Programa Emergencial que contemple:
1) Assegurar fornecimento de água, luz, telefone, tv e internet;
2) Incentivar acordos coletivos que preservem os salários e os empregos durante a pandemia;
3) Criar Fundo de Emergência para, durante a crise, garantir um salário mínimo mensal para desempregados, informais e conexos;
4) Acelerar o processo de concessão de aposentadorias, solucionando imediatamente milhões de processos pendentes;
5) Regularizar os beneficiários do Bolsa Família e do Benefício Prestação Continuada;
6) Criar linhas de crédito e financiamento para os setores obrigados a paralisar suas atividades, com a contrapartida de manutenção do emprego, salário e direitos.
O movimento sindical estará junto daqueles que querem somar e compartilhar os compromissos de solidariedade com toda a sociedade, em especial com os mais pobres e desprotegidos.
Sindicato dos BANCÁRIOS, APPI/APLB, SINDIBORRACHA, SINDICACAU, SINDICATO DOS METALÚRGICOS, SINDICATO DOS TRABALHADORES NA CONSTRUÇÃO CIVIL, SINPOJUD, SINDICATO DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS RURAIS E NA AGRICULTURA FAMILIAR