Núcleo de educação do PCdoB de Ilhéus avalia conjuntura e tece duras críticas aos governos Bolsonaro e Marão

Durante reunião realizada no último sábado (14), o núcleo de educação do PCdoB de Ilhéus elegeu sua coordenação, com a escolha das professoras Cláudia, Solange e Juliana como representantes. Além disso, o encontro discutiu e fez uma avaliação da atual conjuntura educacional.

No âmbito federal, foram debatidos os ataques do governo Bolsonaro à educação pública, com o corte do MEC de R$ 5,7 bilhões que pode atingir R$ 7,4 bilhões, representando o sucateamento da educação básica e do ensino superior.

O projeto Future-se, que propõe a captação de recursos privados nas universidades públicas, forçando a privatização dessas instituições, além de fragilizar os incentivos às bolsas de pesquisa do Capes, em níveis de mestrados e doutorados, enfraquecendo importantes setores de pesquisa no país. Outra preocupação é o fim do prazo da lei do Fundeb em 2020, que, se não houver alternativas legais, levará a perdas expressivas de recursos para a educação básica.

No cenário municipal, uma das críticas contundentes ao governo Marão é a sua postura diante dos funcionários admitidos entre 1983 a 1988, que ele demitiu incisivamente, sem o devido diálogo e sem a menor consideração com esses servidores. Esses trabalhadores pagam a conta do enxugamento do orçamento, o prefeito os ignora e não negocia.Muitos demitidos estavam em fase de aposentadoria.

A posição dos professores do PCdoB segue na defesa do retorno imediato desses trabalhadores.
Outra observação sobre a administração municipal é o sucateamento das escolas, depredadas, com falta de materiais para seu adequado funcionamento, fornecimento irregular da merenda e dificuldades do transporte escolar, principalmente no interior.

De acordo com o núcleo “nós educadores militantes do PCdoB temos que ser vanguarda e defendermos a escola municipal, os alunos e os trabalhadores em educação”.

Posição 2020 – O entendimento do núcleo é a necessidade do Partido assumir o protagonismo nas próximas eleições, se possível, com uma candidatura à majoritária, seja prefeito ou vice, e a apresentação de uma chapa de candidatos e candidatas à Câmara, combativa e representativa.

Além disso, na educação, debater a construção de um programa que resgate bandeiras históricas, como a eleição direta para diretores das escolas, a gestão plena dos recursos do setor, a melhoria das condições de trabalho dos educadores e a aplicação da lei 11.645, que trata da obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileira e indígena.