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Câmara Federal também investiga juros dos cartões de crédito

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Em todo o mundo, os cartões de crédito cobram juros altos, mas em nenhum  lugar atingem o grau de surrealismo do Brasil. A inflação anual está  abaixo de 6% e os juros básicos da economia (taxa Selic) se limitam a  9,5%; mas os juros médios dos cartões – segundo a Associação Nacional  dos Executivos de Finanças e Contabilidade (Anefac) – estão em 192,9%.  Nada há que justifique isso: inadimplência, falta de garantias, queda na  renda das famílias ou qualquer outra razão. A própria presidente Dilma  usou horário a que tem direito na TV para criticar essa anomalia, mas  praticamente sem efeito. Esses juros tiveram pequena queda, mas  continuam altíssimos.

Agora, a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos  Deputados, comandada por Edinho Bez (PMDB-SC) anuncia nova investida  contra essa imoralidade. Essa comissão fará audiência pública e debate  entre deputados, Banco Central, Federação Brasileira de Bancos  (Febraban), Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Tribunal de Contas  da União (TCU) e Associação Brasileira das Empresas de Cartões de  Crédito. Bez cita que as taxas são abusivas e lamenta que os diversos  bancos se submetam a apenas duas grandes bandeiras: Visa e Mastercard.  Afirmou o deputado que os cartões mantêm reféns de altas taxas, tanto  comerciantes como usuários.

– Queremos saber o que leva a essa taxa tão elevada. Uma vez analisados  os custos, a comissão pode propor ao Banco Central alguma orientação  para que o mercado possa mudar. O que não podemos permitir é que o  sistema financeiro nacional continue cobrando essas taxas de juros –  afirmou. Segundo o deputado, o segmento praticamente não é regulamentado  e opera com legislação própria, em prejuízo do cidadão comum.

Se a presidente Dilma pouco conseguiu nessa luta, não será o deputado  catarinense que irá vencer essa guerra. No entanto, Edinho Bez e sua  comissão vão fazer marola e, ao menos, constranger um pouco os  responsáveis por essas taxas absurdas.

(Fonte: monitormercantil.com.br) 

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