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Luthier suíço ensina jovens baianos a fabricar instrumentos sinfônicos com plástico PVC

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Violinos de PVC. Foto Matheus Piarajá.

Violinos de PVC. Foto Matheus Piarajá.

O projeto “Orquestra Plástica do NEOJIBA – Formação Musical para a Sustentabilidade”, com o patrocínio da Braskem, oferece uma solução sustentável para o desenvolvimento social e cultural 

Colaborar na pesquisa e no aprimoramento da construção de instrumentos sinfônicos com a utilização do plástico PVC. Essa é a missão que o renomado luthier suíço André-Marc Huwyler veio cumprir em Salvador até o dia 3 de agosto. O convite partiu do NEOJIBA (Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia) para o projeto “Orquestra Plástica do Neojiba – Formação Musical para a Sustentabilidade”. O projeto propõe desenvolver e difundir uma tecnologia social e inovadora de construção de instrumentos sinfônicos com plástico PVC. Este que tem o objetivo de unir os campos da sustentabilidade e da inclusão sócio produtiva através da música.

O ponto de partida foi a experiência do jovem Natan Paes, maestro da Filarmônica Filhos do Oeste, da cidade de Angical, no extremo oeste baiano, a 840 km de Salvador. Ele produzia desde 2006 – de forma artesanal – instrumentos musicais a partir de canos de PVC para suprir a carência de instrumentos para seus alunos. “Estou muito otimista e com ótimas expectativas com o projeto. Sozinho eu não ia ter condições de realizar algo desta grandeza. A equipe é maravilhosa e estamos caminhando na direção correta”, afirma o jovem músico, que agora se divide nas atividades de lutheria em Salvador e nos ensinos da prática musical e de luteria com plástico PVC, em Angical.

O projeto, que conta com o patrocínio da Braskem através do Faz Cultura num aporte total de R$ 400 mil, oferece a formação de jovens no ofício de lutheria, preenchendo uma lacuna existente de pessoal capacitado para atuar na fabricação e manutenção de instrumentos sinfônicos. A iniciativa faz parte do programa de responsabilidade social da Braskem, que acredita que a química e o plástico podem melhorar a vida das pessoas através de soluções sustentáveis e inovadoras.

Pesquisa – A partir dessa experiência verificou-se a oportunidade de desenvolvimento, melhoria e expansão dessa técnica. Após mais de um ano de pesquisa no Atelier de Lutheria do NEOJIBA sob a coordenação de André-Marc Huwyler, chegou-se à possibilidade de produção, através de um processo artesanal e com material de fácil acesso. Exemplo disso foi um violino construído com as mesmas proporções dos instrumentos tradicionais de madeira, tornando-os mais acessíveis. Esta tecnologia está em desenvolvimento e a produção em pequena escala tem o objetivo de aprimorar as pesquisas e os estudos de viabilidade técnica e financeira.

Os instrumentos fabricados, violinos e violas, em PVC, oferecem vantagens inigualáveis como: resistência à umidade, maior resistência contra impactos e quedas, ter fácil manutenção e representar uma alternativa de geração de renda para jovens luthiers baianos. A sonoridade dos instrumentos é similar aos instrumentos de madeira, sendo o uso principal dos equipamentos plásticos a iniciação musical.

 “O NEOJIBA é uma história de oportunidades e o projeto Orquestra Plástica se insere neste contexto ao abrir portas para jovens interessados em desafios tecnológicos com finalidades sociais. Buscamos não somente capacitar jovens na lutheria plástica, mas também facilitar o acesso a instrumentos orquestrais. Essa iniciativa festeja também a parceria com a Braskem, uma das maiores empresas brasileiras”, declara Ricardo Castro, maestro e diretor do NEOJIBA.

Para a Braskem o fomento à música de orquestra através da reutilização do plástico PVC, presente em variadas formas na nossa vida, uma ideia inovadora que merece destaque na cartela de suas ações sociais. “O patrocínio de ações e iniciativas culturais faz parte da política de Responsabilidade Social da Braskem, que tem como pilares de atuação a inclusão social, a educação ambiental e a promoção cultural. Temos também a finalidade de estabelecer as bases de uma consciência cidadã e estimular o crescimento sustentável. Ao apoiar a Orquestra Plástica do NEOJIBA, a Braskem espera contribuir não apenas para a expansão do acesso do público baiano às artes e à educação musical, mas também estimular novas utilidades para o plástico”, explica Emmanuel Lacerda, gerente de Relações Institucionais da Braskem. 

Sobre PVC – O PVC (policloreto de vinila) é o termoplástico mais utilizado na construção civil e está presente em todas as etapas da obra: tubos, conexões, perfis, fios, cabos, acabamentos e revestimentos. Do volume de resina produzido, 60% do total são destinados a atender ao setor da construção civil e infraestrutura. A maioria dos produtos fabricados em PVC dura em média mais de 50 anos, o que demonstra a vida útil do material e contribui para seu avanço na construção civil. 

Sobre Neojiba – O NEOJIBA, Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia, é um programa do Governo do Estado da Bahia criado em 2007 e que promove a integração social o desenvolvimento humano de crianças, adolescentes e jovens e crianças através da prática musical coletiva e de excelência. O programa conta atualmente mais de 900 integrantes em seis núcleos orquestrais e corais e é nacional e internacionalmente reconhecido pelos seus resultados artísticos e sociais. 

Sobre a Braskem – A Braskem é a maior produtora de resinas termoplásticas das Américas. Com 36 plantas industriais distribuídas pelo Brasil, Estados Unidos e Alemanha, a empresa produz anualmente mais de 16 milhões de toneladas de resinas termoplásticas e outros produtos petroquímicos. Maior produtora de biopolímeros do mundo, a Braskem tem capacidade para fabricar anualmente 200 mil toneladas de polietileno derivado de etanol de cana-de-açúcar. Em relação às Comunidades vizinhas aos polos onde mantém operações, ela contribui para melhorar o desenvolvimento humano de forma ampla, o que inclui aspectos de inserção social produtiva, ambientais e culturais. O investimento social da Braskem em 2013 somou R$ 17,5 milhões.

(Fonte: Rafael Veloso)

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