As religiões de matriz africana choram a perda de uma das suas mais ilustres líderes. A morte da Ialorixá Mãe Laura Sandoiá, mais uma das vidas ceifadas pela Covid-19, já é um dos capítulos tristes da história do povo negro. Mãe Laura personificou a engenhosidade com que os valores d’África resistiram à barbárie da escravidão e do racismo. Símbolo de resistência, a Ialorixá soma-se ao panteão daqueles que devotaram a vida ao culto dos Orixás. Nesse momento em que a dor tensiona nossas esperanças, a União de Negros pela Igualdade, seção Ilhéus (UNEGRO-ILHÉUS), vem através desta externar sua gratidão e acalentar todos os que sofrem. A obra de Mãe Laura não é algo que se encerra com o fim da sua vida física. Isso posto, desejamos que seu exemplo possa iluminar os que lutam pela superação do racismo e de todas as chagas a ele correlacionadas, que, infelizmente, continuam vulnerabilizando o povo negro. Axé!
UNEGRO-ILHÉUS
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Caio Pinheiro Oliveira (Secretário de Comunicação)
Ilhéus, 28 de março de 2021.