Vereador Cláudio Magalhães votou contra a reforma administrativa e sugeriu redução de salários do executivo ilheense

Durante sessão da última quarta-feira (29), o vereador Cláudio Magalhães (PCdoB) votou contra o projeto de lei da reforma administrativa da prefeitura de Ilhéus. O edil entendeu que os pareceres, contrários a proposta, apresentados pelos colegas parlamentares Enilda Mendonça (PT), da Comissão de Constituição, Justiça e Redação Final, e Tandick Resende (PTB), Finanças, Orçamento, Obras e Serviços Públicos, indicaram nos seus relatórios aumento de despesa e descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Para o vereador Cláudio Magalhães a reforma deveria “cortar na carne” também do executivo, diminuindo os salários dos cargos comissionados, inclusive do prefeito Mário Alexandre. “Seria a oportunidade de Marão dar uma demonstração clara para cidade, que nós estamos em outro momento, de crise gerada pela Covid, e ajustar as contas, não é sensato a gente aprovar esse projeto, assim açodadamente, nesse momento”, disse.

O edil ainda declarou que o comprometimento do prefeito em não cumprir a LRF, seria uma opção exclusiva do próprio gestor. “O prefeito deveria ter seguido o exemplo do presidente desta casa, quando frente ao orçamento deste ano, aguardou os primeiros três meses para dizer para gente, que não tinha condições orçamentárias de manter os valores dos nossos salários e tivemos que nos adequar, com a redução de 19 por cento de todos os vencimentos”, destacou.

“Eu gostaria de pedir ao executivo que enviasse uma proposta de lei substitutiva a essa, ouvindo os movimentos sociais, o trade turístico, entre outros, com um pouco mais de atenção. A sociedade clama pela apresentação de dados mais consistentes de que essa proposta, realmente, não impacta em mais despesas, que futuramente pode gerar impacto financeiro, que não dê, por exemplo, para pagar o 13º salário do funcionalismo, e a culpa disso, também vai recair sobre esta casa”, concluiu Cláudio Magalhães.