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NOTA DE REPÚDIO da CTB Ilhéus

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logo_ctbA CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), núcleo de Ilhéus, vêm a publico demonstrar sua indignação com a atitude mesquinha do SINEC (Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos, Computadores e Informática de Ilhéus e Itabuna) que interferiu junto à FIEB (Federação das Indústrias do Estado da Bahia) para que essa entidade determinasse o cancelamento do curso PRÉ-ENEM-2014, realizado pelo SESI em convênio com sindicatos de trabalhadores da cidade.

Desde 2013, os sindicatos dos trabalhadores STIM-Ilhéus, que representa os trabalhadores do Pólo de Informática, e o SINDIBORRACHA, preocupados em dar uma melhor qualificação aos trabalhadores, firmaram uma parceria com o SESI, unidade de Ilhéus, para a aplicação de cursos. Os sindicatos forneciam o espaço físico, ou seja, sala de aula equipada, e o SESI disponibilizaria professores.  Fruto dessa parceria, em 2013 foi realizado o INTENSIVÃO-PRÉ-ENEM, em janeiro de 2014 o curso de Auto liderança e no dia 10 de fevereiro se iniciou o PRÉ-ENEM-2014. Nessa mesma parceria, o SINDICACAU, que representa os trabalhadores da indústria moageira, já vinha realizando esse curso.

Pra nossa surpresa, no dia 13 de fevereiro, a coordenação do SESI responsável pelos cursos nos informou que as aulas não seriam mais realizadas na sala de cursos e treinamentos do sindicato dos trabalhadores. No mesmo contexto, o SINDICACAU foi informado que o SESI não poderia mais realizar aulas de qualquer curso em instalações de Sindicatos, devido a ordens superiores e diretrizes estabelecidas pelo novo presidente da FIEB. O Presidente do SINEC, Sr. William de Araujo, nos confirmou que o cancelamento teria sido solicitado à FIEB a pedido dos empresários do pólo de informática, que temiam, nos seus termos, o “aliciamento” dos trabalhadores por parte dos sindicatos.

Esclarecemos que quando os sindicatos querem tratar de qualquer assunto com os trabalhadores o fazem na porta das empresas ou em assembleias e reuniões convocadas para esse fim, conforme garante a nossa Constituição Federal ao estabelecer a liberdade de organização dos trabalhadores.

Tal postura bisonha, vinda de empresários que se pretendem modernos, só demonstra o quanto os mesmos gostariam de retornar a relações de trabalho do século XIX, tratando seus empregados, que garantem sua produção, no chicote e tentando restringir o direito que tem os sindicatos da classe trabalhadora de atuarem na luta por melhores condições de vida para seus representados das mais variadas formas, seja no dia-a-dia da produção, na sua vida como cidadão ou contribuindo com sua formação.

(Fonte: CTB/Ilhéus)

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