Evento discutirá benefícios socioambientais da criação racional de abelhas sem ferrão
Com o objetivo de fortalecer a prática da meliponicultura entre agricultores/as familiares no sul da Bahia, a segunda edição do Encontro Uruçu na Cabruca acontecerá no próximo dia 5 de novembro, nas instalações do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – Campus Uruçuca. Com uma programação diversificada, a expectativa é que o evento reúna cerca de 200 pessoas, entre estudantes do IF Baiano e agricultoras/es familiares dos municípios de Camamu, Ibirapitanga, Ilhéus, Itacaré e Uruçuca.
A meliponicultura – nome dado à criação racional de abelhas sem ferrão – é uma prática que promove impactos socioambientais positivos. Se feita com técnicas apropriadas, a atividade contribui não só para a sustentabilidade ambiental, mas também socioeconômica das populações envolvidas. Por isso mesmo, possui grande potencial se associada à agricultura familiar, incrementando a renda e contribuindo para a melhoria da qualidade de vida no campo.
Realizado pela Tabôa Fortalecimento Comunitário e IF Baiano, com apoio do Ministério Público do Estado da Bahia e do Instituto humanize, o encontro é voltado para agricultoras/es familiares participantes do projeto Uruçu na Cabruca. A programação inclui painéis sobre resultados e aprendizados gerados no âmbito do projeto e sobre implantação de pastos meliponícolas em sistemas agroflorestais, como estratégia para melhoria da alimentação das abelhas e desenvolvimento das colônias.
Um dos destaques do evento será a mesa sobre boas práticas em meliponicultura, na qual agricultoras/es apresentarão suas experiências na criação e manejo de abelhas sem ferrão, em especial a espécie Melipona mondury, popularmente conhecida como Uruçu Amarela. A programação ainda inclui a Feira da Agricultura Familiar, com exposição de alimentos e artesanatos produzidos por agricultores/as do projeto.
Sobre o projeto Uruçu na Cabruca – O projeto promove a prática da meliponicultura no contexto da agricultura familiar no Sul da Bahia, região historicamente conhecida pelo cultivo de cacau no sistema cabruca, sob a sombra de árvores nativas da Mata Atlântica. Por meio de capacitações, implantação de meliponários e acompanhamento técnico especializado para famílias agricultoras, a ideia é fomentar a criação de um polo regional de meliponicultura, gerando alternativa de renda complementar para agricultores/as familiares e disseminando práticas mais sustentáveis para a preservação da Mata Atlântica e da abelha Uruçu Amarela.
Desde 2019, quando o projeto foi iniciado, 120 famílias já foram alcançadas em cinco municípios baianos. O Uruçu na Cabruca é realizado em parceria pela Tabôa Fortalecimento Comunitário e pelo IF Baiano – Campus Uruçuca. E conta com os apoios do Ministério Público do Estado da Bahia, que também participou de sua concepção, e do Instituto humanize.
Foto: Acervo Tabôa | Analee.
AGENDA
O quê: II Encontro Uruçu na Cabruca
Quando: 5 de novembro, das 8h30 às 17h
Onde: IF Baiano – Campus Uruçuca
Para quem: Meliponicultores/as participantes do projeto Uruçu na Cabruca.